PRECISA-SE DE UM HERÓI (Luiz Almeida Marins Filho)
“Ninguém joga papel no lixo, simplesmente porque ninguém joga papel no lixo e se ninguém joga, não vou ser eu o único herói a jogar”, me disse um funcionário de uma empresa, ao perguntar-lhe o porquê de ele próprio não ter jogado o papel de seu sanduíche no lixo. Temos um problema sério no Brasil. As pessoas tem vergonha de ser “certinhas”. As pessoas são levadas, pelo meio e pelos colegas e amigos, a fazer as coisas mal-feitas, pela metade, com baixo comprometimento. Temos vergonha de ser “heróis” e por isso acabamos vivendo em ambientes cada vez mais degradados e temos serviços cada vez mais de baixíssima qualidade. Parece mesmo que desenvolvemos uma cultura de que “é errado fazer o certo”- vão nos chamar de “puxa-saco, lambe-botas, CDF”, etc. Precisa-se de um herói. Estamos precisando de pessoas que façam bem feito. Que se importem. Que se comprometam com o certo, com o correto. Que tomem para si a responsabilidade de fazer. Que se preocupem com a qualidade do que fazem e também da do que os outros estão fazendo. Essa atitude de ter vergonha de ser “herói” precisa acabar. E precisa acabar já – “pelo bem de todos e pela felicidade geral da nação”. Só assim sairemos deste verdadeiro subdesenvolvimento mental que nos tem atacado e feito tão mal a nós próprios e ao próprio Brasil. Gostaria que você pensasse nisto. Perca a vergonha de ser “herói” e passe a comprometer-se cada vez mais com a melhoria da qualidade de vida de todos nós, fazendo o certo e tendo orgulho de seu “heroísmo”.
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Um comentário:
que legal
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